sábado, dezembro 26

UMA DAS PROMESSAS PARA O RAP EM 2010

F.I.N.O.

Formação de Inteligência Nacionalista Organizada, pode ser uma definição, ou simplesmente pela estrutura de seu corpo franzino, o apelido F.I.N.O., MC nascido e criado na zona sul de São Paulo, na região do Capão Redondo, envolvido com a música Rap desde 1997, trabalhou com o grupo Conceito Moral (que teve um bom destaque na cena Hip Hop, realizando shows com grandes nome do Rap Nacional, como Racionais, Sabotage, RZO, além de participar do Festival organizado pelo Governo do Estado de São Paulo e a gravadora TRAMA em 1999, onde ficaram em quarto lugar).


Em 2001, F.I.N.O. decidiu seguir seu caminho em carreira solo, e isso resultou no disco demo intitulado, MOCHILA DE RIMAS. Em 2005, lançou o EP: O SOM DO F.I.N.O., com 5 faixas. Ambos e com produção e gravação por RB STUDIO, e tiveram grande repercussão na zona sul de SP gerando shows e execução em diversas radios comunitarias.

Após isso, o MC, formou uma aliança com a banda de hip hop NÚCLEO, o que ocasionou diversas participações em shows e a gravação do disco LA CONEXION SP - MADRID. Disco este, no qual Nucleo e F.I.N.O. representando São Paulo fizeram músicas junto com outros diversos grupos de Madrid (Espanha).

Já em 2007, o encontro com o DJ F-ZERO, que dava início aos trabalhos do seu selo, MATERIAL CORROSIVO, resultou na criação e produção de algumas músicas, que hoje resultaram no trabalho intitulado QUARTO MUNDO.

QUARTO MUNDO



"Qu4rto Mundo" é um disco em parceria com o DJ F-Zero, responsável pela maior parte do disco, com o beatmaker Diamantee respondendo pelas duas únicas batidas que não passaram pelo crivo do F-Zero.

A primeira informação relevante: 70% dos samples utilizados nos beats são nacionais. Isso significa uma novidade em termos de produção tupiniquim e já diz algo sobre como o conceito do trabalho foi levado a sério. Em outras palavras, o tal quarto mundo de Fino já tem trilha sonora definida: ritmos brasileiros, de todas as formas.

O curioso, entretanto, é que a forma como os samples são trabalhos é bastante discreta. Não é uma tentativa gratuita de valorizar a música brasileira; na verdade, é bem provável que, caso você não tenha lido o parágrafo acima antes de ouvir o disco, não fique com a impressão da predominância de músicos nacionais. Os excertos são tratados de forma tradicional e não são a figura principal do álbum: o resultado final dos beats é mais importante do que as fontes utilizadas.

Para este trabalho, o MC baseou-se na trilogia literária (Sidarta, O Lobo da Estepe e Damian) do autor alemão, naturalizado suíço, Herman Hesse; fazendo com que este trabalho seja de certa forma muito mais intimista, pois busca não só analisar a sociedade e seus indivíduos como um todo, mas principalmente preocupa-se mais com a busca pelo seu eu e suas verdades em sua forma mais positiva. Quarto Mundo demonstra de forma ambígua, os pensamentos, buscas e reflexões que vão além do nosso Terceiro Mundo.

O mote do disco é Fino, e sua visão de mundo. O emcee fala sobre tudo. A onipresente rua e suas armadilhas, a paixão pelo rap, as agruras de um homem comum em uma metrópole incomum. É aceitável encarar "Qu4rto Mundo" como o manifesto da filosofia de vida de Fino, e isso pode ser facilmente justificado em faixas como "Um gole de vinho, um pouco de jazz" ou "Tranquilo".

Na verdade, assim é o tal "Qu4rto Mundo" de Fino. Um espaço tipicamente brasileiro, e não são apenas os samples os responsávies por isso, e sim a própria mentalidade do emcee. Podemos considerá-lo um bom representante do brasileiro comum: cheio de dificuldades, mas ainda assim otimista, crente que o mundo melhora no próximo dia. O cara que para para refletir, mas logo depois está sorrindo com os amigos. Um cara tranquilo, que toma um vinho e ouve um jazz para relaxar e fugir dos monstros e da violência gratuita.

quinta-feira, dezembro 24

PORÉM (Poeta Sérgio Vaz)



Porém
Sérgio Vaz
Queria ter vivido melhor,
Porém a mediocridade sempre me foi farta e generosa
Nos caminhos que escolhi para viver.

Queria ter sido mais alegre,
Porém a tristeza sempre foi companheira fiel
Nos dias intermináveis de abandono.

Queria ter amado mais as pessoas que conheci
Ou que fingi conhecer,
Porém na maioria das vezes, eu também não me conhecia.

Queria ter andado mais livre,
Porém, algemado à ignorância, perdi muito tempo
Tentando voar sem sequer saber andar.

Queria ter lido mais livros,
Porém, analfabeto de ousadia, passei muitos anos
Enxergando pelos olhos adormecido de outras pessoas.

Também queria ter escritos mais poemas
Do que bilhetes pedindo desculpas,
Porém, as palavras sempre me vieram como culpa
E não como estrelas.

Queria ter roubado mais beijos e abraços
Das meninas que andavam desprotegidas,
Protegidas pela magia da infância,
Porém, cresci muito cedo, e a timidez sempre me foi
Uma lei muito severa a ser cumprida.

Queria ter pensado menos no futuro,
Porém, o passado simples nunca foi o melhor presente
E a eternidade sempre me pareceu coisa de gente que tem preguiça de viver.

Queria ter sido um homem mais humilde
Porém, a vaidade e a ganância sempre me cercaram
De mimos e coisas que até hoje não sei para que serviram.

Queria ter pregado mais a paz,
Porém, como um covarde, gastei muita munição tentando atingir amigos e
desconhecidos que não usavam coletes à prova de balas nem blindados no
coração.

Queria ter sido mais forte,
Porém rir dos vencidos e bajular os mais ricos
Sempre me pareceu o caminho mais curto
Para o esconderijo secreto das minhas fraquezas.

Queria ter dito mais a verdade,
Porém a mentira sempre foi moeda de troca
Para comprar o respeito e a admiração das pessoas fúteis
De almas vazias.

Queria que o mundo fosse mais justo
Porém, avarento de nascença, fui o primeiro a esconder o sol na palma da
mão, antes que o vizinho o fizesse.

E mesquinho por vocação escondi as noites com lua
Para que os poetas não a cortejassem.

Queria ter dito mais besteiras,
Porém fui desses idiotas amantes das proparoxítonas
E sujeito oculto nos bate-papos de botecos de esquinas,
Onde a vida não acontece por decreto.

Queria ter colhido mais flores,
Porém o medo de espinhos afugentou a primavera.

E outono que sempre fui,
plantei inverno quando a terra pedia verão.

Hoje queria ter acordado mais cedo,
Porém temo que pra mim
Seja tarde demais.

http://www.colecionadordepedras1.blogspot.com/

POETA SÉRGIO VAZ

A TODOS OS LEITORES E
POETAS, MUSICOS E ESCRITORES DA FACE DA TERRA... OUÇAM...

A POESIA PERIFERICA GANHOU UM NOVO RUMO, PRESTENÇÃO CHAPA
O RUMO DO CONHEÇIMENTO QUE NOS LIBERTA DOS DIAS ANTIGOS PARA OS DIAS ATUAIS...

MEU CARINHO E RESPEITO
DEDICO A TODOS OS AMIGOS
QUE RESPEITA A COOPERIFA
E AO POETA SÉRGIO VAZ



                                               http://www.colecionadordepedras1.blogspot.com/









quinta-feira, dezembro 10

ARRASTÃO DA CULTURA

NO DIA 12 DE DEZEMBRO A PARTIR DAS 10:00h, VAMOS OCUPAR AS RUAS DO PIRAPORINHA, EM RÍTMO DE SAMBA REGGAE, MARACATU E OUTROS RÍTMOS...

É O MOVIMENTO CULTURAL , MOSTRANDO SUA CARA E SEUS TAMBORES
EM DEFESA DO DIREITO À CULTURA, AUTONOMIA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

CONCENTRAÇÃO NO LARGO DE PIRAPORINHA, ALTURA DO Nº 1000 DA ESTRADA DO M' BOI MIRIM (PRÓXIMO A CASA POPULAR DE CULTURA).


Links Versão Popular