Num deserto são magoas
São os mesmos motivos
Transformados em traumas
Se o camelo é de ferro
O sultão tem o berro
Olhares no andar
Quem vem lá eu não erro
A vingança é a praga
Não tem gênio nem fada
Os bacanas têm tudo
Se sentindo no nada
Agonia secular
O que será eu não sei
Segue os monstros de areia
Escorpião quer ser rei
Viajando nas miragens
Multidão e sol quente
Tenebroso ou não
O que vira pela frente
Vejo crentes e ateus
Super homens, são plebeus.
Quem ao certo será
O porta voz de um Deus....
Fariseus e faros
O shake quer a voz
Voz, diz ser soberano.
Num poder sobre nos,
Nunca se entrega
Já dizia o marajá
Já não acredita
Traído no habitar
Mentes vaidosas
Sempre cabulosas
Damas não são damas
Enfim desprezam rosas
Desprezo pro buquê
De olho no plaque
Querem homens suicidas
E eu vou falar o que.
Judeus e coreanos
Testam seus dialetos
São planos e planos
Pirâmides de concreto
Tac teu nas bermudas
Com as praias não se iluda
Pro tio sam desespero
E as torres vivem mudas
Virou poesia
Poeira em Nova York
AR Quinze aponte
E o mesmo vive em chock
Espelho espelho meu
Me diga quem sou eu
Um franco a lutar
Ou o fraco que perdeu
Num deserto triste
Eu vejo quem perciste
Sempre o mesmo povo
As margens que assiste.
Destruição a cores
Desse lado vivem horrores.
São morros e mortes
Sem cortes são as dores.
Faces da babilônia
Mil noites de insônia.
Seu João já nem dorme
Já nem come e nem sonha.
Sofrimento do Saara
As doenças que não sara
As pegadas na areia
Que um verme deixou falhas
Falhas de um trapaceiro
Por dinheiro compra pódio
Tem um traidor de Audi
E um traído no ódio
Nos a agitos do Egito
Tem um lance em alta
São crianças no lança
Agitando as latas
Cão que late nas lixeiras
Transeuntes nas biqueiras
Vai e vem
Mais de cem, brincadeira.
Demônios na garoa
E eu na tempestade
No brilho e no breu
Nos acasos da cidade
Cidadã mente sã
Mantenha os olhos abertos
São anos, e anos.
Na escuridão do deserto.
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